A primeira definição conhecida de liderança é de Platão, no Século II a.C. Nunca se falou tanto em liderança como hoje. É um tema constante e em evidência tanto nas empresas quanto na mídia, objeto de estudos e o foco da maioria dos programas de treinamento.
Quando as pessoas falam racionalmente, isto é, quando falam o que pensam, definem liderança como instrumento gerencial indispensável e que, felizmente, pode ser desenvolvido.
Por outro lado, quando falam do que sentem, ou seja, no plano do emocional, percebem a liderança como uma característica que alguns têm e outros não, um dom que nasce com o líder. No imaginário das pessoas, o líder chora mais alto no berçário.
Já vi muitas definições de líder. Pessoalmente, costumo defini-lo como alguém que “sabe o que quer, e quer o que sabe”. Gosto desta definição porque engloba duas características que, para mim, são fundamentais no ato de liderar: uma visão clara de futuro e amadurecimento emocional. Ela mostra, em momentos distintos, o que ele é essencialmente.
O líder tem um sonho. O fato de ter um sonho claro indica que ele sabe o que quer. Mas acima de tudo, o líder quer o que sabe: quer a concretização do sonho, não a glória de fazê-lo. E é por isso que ele consegue o comprometimento dos outros. E o que é, afinal, comprometimento? “Comprometido” significa “obrigado por compromisso”, e comprometer significa “fazer assumir compromisso”. Isto é, o verdadeiro líder consegue que seus liderados se comprometam com o sonho que ele tem. Assim, no início é o sonho do líder, na sequência o de todos para que, depois de algum tempo, as pessoas sigam o sonho e não mais o líder.
Isto só é possível quando se trata pessoas como pessoas, ou seja, respeitando a sua dignidade. É importante permitir que o outro pense por si mesmo, ao invés de pensar por ele, para que se torne autônomo. É dar-lhe espaço para viver suas emoções no papel profissional. Esta postura, condição essencial para liderar, só pode ser aprendida e desenvolvida através do autoconhecimento. Para atingi-la e, principalmente mantê-la, é preciso que o líder aprenda a reconhecer suas próprias emoções e lidar bem com elas.
O ser humano é um animal racional – fala o que pensa e age conforme o que sente. Só sabendo o que sente poderá ser emocionalmente íntegro (pensar, falar, sentir e agir da mesma forma). Com isso, conquistará a credibilidade de seus liderados, através da coerência entre o que fala e o que faz. Conhecendo-se melhor, isto é, ouvindo a si próprio, poderá desenvolver a capacidade de ouvir realmente o outro, dando-lhe assim identidade, e dialogando com ele.
Outra característica importante a desenvolver com o autoconhecimento é a humildade. Não no sentido de submissão ou timidez, mas na medida em que quanto maior o conhecimento, maior a consciência do quanto a gente não sabe.
Um líder verdadeiramente seguro do seu sonho, e por isso humilde, dá abertura para que o outro questione o seu sonho. Mesmo porque, isto é condição para que ele possa assumi-lo como seu.
As melhores práticas de gestão e a Liderança autêntica têm como premissa o foco em autoconhecimento e inteligência emocional no exercício da melhor Liderança.
Fonte: Adaptado de texto original do Dr. Paulo Gaudêncio.
Tema: Liderança.
Subtema: Melhores pessoas. Liderança autêntica para te levar a um melhor desempenho e atingir seu potencial máximo.
Objetivo: Autoconhecimento, Autodesenvolvimento, Desenvolvimento Organizacional, Desenvolvimento de Liderança, Desenvolvimento de Equipe.